Resumo: capítulo - liberdade
O conceito de liberdade toma diversos aspectos significativos, pois dela se imagina as nossas possibilidades de escolha nas nossas atitudes e pensamentos. Vivemos na época da técnica, na qual nos faz pensar na limitação da nossa liberdade.
A liberdade dos homens é sentida como um desejo e não como uma realidade. Alguns autores apontam para uma desmitificação do conceito de liberdade, tais como o determinismo histórico e estudo dos genes que definem o comportamento. Por outro lado, vemos a tradição mítico-religiosa que introduz um pensamento de liberdade do homem atrelado ao sua capacidade de abster-se de algo.
Para os estudiosos da filosofia e teologia, a convivência com os outros evidencia que a liberdade implica em escolha e sem determinismos aparentes, o livre arbítrio. Já para Sartre, a escolha deixa de ser um exercício de livre arbítrio a partir do momento que esta escolha se baseia em uma razão, na qual ela é determinada.
Pensando o homem no seu Dasein, no ser-aí, a liberdade aparece como um dom na sua forma de ser, aberto nas possibilidades, pois a fala é de propriedade do homem e de construção do que pode ou não ser; fundado nas possibilidades, já que a ação humana se dá por uma finalidade; e lançado nas possibilidades, na medida em que ele não limita o real, que ele vai além do possível. A reflexão nos leva a pensar que, ser livre é estar lançado na possibilidade de angústia, uma vez que o possível é um poder-ser, ou seja, é o vazio.
Ao homem, cabe a ele encarar o ser livre como uma condição que lhe é imposta, ou ele a acolhe e se apropria desse dom. Apropriar-se de algo é tomar pra si como algo que faz parte da sua existência.
O ser livre demanda escolha, já que escolher é ter que escolher, pois, mesmo que se opte por não tomar decisões, isso já é uma escolha de fato. O