Resumo capítulo 2 do livro "direito e economia", de fábio nusdeo
2.1 Valor No início da obra, Fábio Nusdeo busca retratar o tema “valor”. Um dos pilares da economia, tanto que esta já foi denominada por alguns de “a ciência dos valores”. Os valores são, no geral, ligados diretamente aos bens. Os bens são valiosos por um simples motivo: cumprem um papel indispensável no mundo, e uma perda desses pode gerar muitos desagrados e prejuízos a pessoas que dependem deles. A compreensão primitiva de valor pode ser subdividida em duas óticas, a do “valor de uso”, em que todo o social é isolado; e também a do “valor de troca”, no qual há uma tênue relação com a sociedade. Na primeira esfera, o valor é usufruído por um único indivíduo, ou por um diminuto conjunto de pessoas. Enquanto na segunda acepção, o “valor de troca” adquire vinculação social, atingindo um contingente mais significativo de pessoas. Um importante fato que Nusdeo explicita no término do tópico é uma diferenciação entre o Direito Civil, no qual os bens estão mais próximos da concepção do valor de uso, e do Direito Comercial, em que eles são encarados sob a ótica do valor de troca.
2.2 Moeda e Preço Neste tópico fica claro o enorme progresso que a divisão social do trabalho representou sobre o sistema de autoconsumo, porém necessitava-se ainda de um novo meio para facilitar todo esse processo. A troca direta já estava defasada, por exigir uma coincidência recíproca de necessidade entre os agentes em presença. Aos poucos, o ato singular da troca foi desmembrado em dois, com unidades funcionalmente separadas. A troca de uma mercadoria por outra prossegue, todavia, um dos participantes deixa de conceber a mercadoria como um valor de uso imediato, e começa a visar essa como um instrumento para uma próxima permuta. Neste momento, a troca, que, aparentemente, não sofreu alterações em sua forma, muda substancialmente seu sentido. Estava criada a moeda, que pode ser vista como um instrumento