Resumo capítulo 18 Livro 1889
18. OS BESTIALIZADOS
No romance Esaú e Jacó, o escritor Machado de Assis descreve de forma bem-humorada as aflições de um de seus personagens em meados de 15 de novembro de 1889. Custódio, dono de uma confeitaria, acordara alarmado pela notícia a cerca da Proclamação da República. Dias antes, por infelicidade, havia encomendado uma placa com letras grandes e coloridas, com o nome de seu estabelecimento: Confeitaria do Império. Mas para seu desgosto, a Monarquia brasileira que ele pretendia homenagear, acabara de cair. Custódio chegou a conclusão de que deveria providenciar a troca da placa, e foi pedir a opinião do vizinho Aires, que logo se manifestou dizendo que manter a placa "Confeitaria do Império" poderia soar uma provocação ao novo regime. Então, por precaução, a solução adotada foi: Confeitaria do Custódio; essa denominação, portanto não chamaria a atenção de nenhum regime. A Proclamação da República foi fruto de uma conspiração entre militares e um número reduzido de civis, e as notícias se espalharam rapidamente graças ao telégrafo, pegando a todos de surpresa. Havia uma revolução em andamento, anunciavam os jornais, mas o clima geral era de ordem e tranquilidade. De acordo com vários jornais internacionais, a população brasileira foi vista como indiferente aos acontecimentos, provavelmente porque as pessoas não sabiam muito bem o que ocorria na verdade. "A Monarquia no Brasil caiu sem ter tido quem morresse por ela", observou o sociólogo GilbertoFreyre. Poucos monarcas foram contra o novo regime, como exemplo o Governador da Bahia Hermes Ernesto da Fonseca, e os protestos em outras regiões do Brasil foram isolados e sem graves consequências, partindo principalmente de escravos, que tinham gratidão a libertação promovida pela Princesa Isabel. As adesões mais rápidas e entusiasmadas vieram de proeminentes políticos e monarquistas, condes,viscondes,