Resumo capítulo 1 e 2 de Sociologia Jurídica Machado Neto
O texto trata do reconhecimento da sociologia como ciência autônoma, ressaltando as dificuldades enfrentadas para delimitação de seu objeto de estudo, bem como para definição da metodologia adequada às peculiaridades de tal objeto. Posteriormente discorre sobre os precursores da nova disciplina, bem como sua afirmação por meio da metodologia de Durkheim. Contudo, as ciências ditas exatas ou naturais, como a física, a matemática, a química e a biologia, podem se dar ao luxo de negligenciar a epistemologia, fiados na segurança de que a comprovação de seus resultados por meio de experimentos pode imprimir. Isso não ocorre com as ciências chamadas de sociais, tais como a sociologia, a história, o direito e a economia, que, por serem ciências jovens, possuindo objetos e métodos contestados, muito se preocupam com a questão epistemológica. Se assim não fosse, sua sobrevivência estaria ameaçada, sendo imprescindível que discuta em seus âmbitos os temas de sua autonomia: objeto, método e leis (MACHADO NETO, 1987, p. 09). Como acontece com toda ciência jovem, o centro do problema epistemológico em sociologia se refere à questão da sua autonomia, que pode ser fragmentada em três outras questões subalternas, quais sejam: objeto próprio, métodos e leis (MACHADO NETO, 1987, p. 12). No que se refere ao objeto próprio, à sociologia enfrentou o problema que importuna todas as ciências jovens, que é a pretensão dos representantes das ciências mais antigas de explicarem, com seus instrumentos e métodos, o objeto das novas ciências. Inicialmente, tanto a física (com o fasicismo), quanto à biologia (com o organicismo) e a psicologia (com o psicologismo), tentaram abarcar a sociedade como sendo seu objeto de estudo (MACHADO NETO, 1987, p. 12-13).
a) O fisicismo – os físicos entenderam possível reduzir a temática sociológica a uma questão de forças ou de energias. A física que tinha o prestígio extraordinário da