O futuro repetindo o passado
Cazuza era um profeta dos fatos políticos e sociais do Brasil. Se analisarmos as letras poéticas de suas composições musicais e trouxer para os acontecimentos atuais, chegaremos à conclusão que o Brasil tem que mostrar a sua cara, “porque o tempo não pára”!
Não precisa ser analista, psicólogo ou psiquiatra para diagnosticar que os olhares incrédulos da maioria dos brasileiros, excluindo é claro, os revoltados sem causa, os sanguessugas radicais e os dependentes incultos das “bolsas esmolas”, está cansada “de correr na direção contrária, sem pódium de chegada”, sentindo que seu “partido, é um coração partido, e as ilusões, estão todas perdidas”, porque “os sonhos, foram todos vendidos tão barato” que nem dá para acreditar.
Realmente “o tempo não pára! Eu vejo um futuro repetir o passado; eu vejo um museu de grandes novidades”. Se puder, pare por um instante e analise os acontecimentos políticos e sociais da última década. O que se pode encontrar de mais constante nos noticiários e nas consequências das atitudes tomadas por nossos governantes em nossas vidas? Certamente chegará à conclusão de que nada mudou além da evolução tecnológica, do comodismo e preguiça.
O velho guerreiro, Abelardo Barbosa, nosso querido “Chacrinha” já dizia que “neste mundo nada se cria, tudo se copia”. Até parece que ele estava enxergando os discursos e promessas de campanhas políticas, de candidatos possuídos de imensurável candura e capacidade governamental, capaz de resolver qualquer dificuldade financeira, independente dos poderes da “lâmpada mágica de Aladim ou de Ali Babá”, acionada, muitas vezes, de forma escancarada, nas gavetas, meias, cuecas ou malas dos componentes do Poder! Na verdade tudo se repete no comportamento político brasileiro. O “modus operante” está impregnado nas colunas palacianas, desde o Brasil império. A escritora Marielza Álvares de Andrade, confirma nosso entendimento ao afirmar que na Corte palaciana, no tempo de D. Pedro