Resumo Capitulo VI

O capítulo “A nova ancoragem da tradição” vem abordar, inicialmente, o questionamento da persistência de tradições e, se esta iria perder gradualmente sua importância conforme a sociedade fosse desenvolvendo-se. Entre as décadas de 1950 e 1960, acreditava-se na dualidade “sociedades tradicionais” e “sociedades modernas”; sendo a segunda marcada por um “declínio irreversível do papel da tradição” (THOMPSON, 2012, p. 233). Mais tarde, percebeu-se que na verdade há um processo que Thompson expressa como “desenraizamento de tradições”.
Como foi visto anteriormente, antes do desenvolvimento da mídia, as interações face a face eram mais presentes (bem inicialmente foi a única) nas técnicas comunicacionais. E neste sistema, o entendimento de mundo era restrito às experiências vividas no cotidiano e delimitadas por espaços geográficos próximos do indivíduo; frequentemente descritas de forma oral explicando eventos passados.
Conforme foi amadurecendo a globalização da comunicação,as pessoas passaram a ter acesso às mais variadas informações e obtendo a oportunidade de experimentar situações além daquelas corriqueiras ao seu espaço comum, tanto reais quanto imaginárias. E assim, foram mantendo certo distanciamento do conteúdo simbólico das interações co-presenciais e das formas de autoridade. O público passou a dar maior credibilidade para os produtos da mídia, formando identidades coerentes para si, tornando também o senso mais crítico e reflexivo, pautado no que era visto nos meios de comunicação; interferindo diretamente na opinião pública.
Apesar dessas mudanças de comportamento das sociedades, Thompson mostra que a tradição não foi enfraquecida. Não se deixou de comunicar via interações orais como as co-presenciais), ou ainda, mediada ou quase mediada, as técnicas essenciais reconhecidas no passado persistem até hoje; reforçando os processos comunicacionais.
“(...) as tradições mesmas foram transformadas à medida que seu conteúdo simbólico foi sendo assumido pelos