RESUMO CAPITULO UM DO LIVRO TRABALHO E IGUALDADE
TIPOS DE DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABLHO
1 – Trabalho: identidade, pertença social e participação política.
Em seu aspecto biológico, o trabalho é cíclico, rotativo e recorrente. É um eterno retorno. É regido pelo determinismo da physsi, nela se integrando.
Conforme os gregos e os romanos essa seria face do trabalho concebida por eles, razão do desprezo pelo labor e da justificativa da escravidão como algo natural e da conseguinte exalação da vida contemplativa típica dos filósofos, que lhes abria o caminho das essências, na qual habitava a verdadeira humanidade.
O trabalho, nesta perspectiva, é concebido como pena e dor, daí a coincidência entre a estrutura etiológica da palavra “trabalho”, tripalium.
O trabalho como mediação necessária à irrupção do mundo propriamente humano decorre do próprio processo histórico de inteligibilidade das relações entre physis e nomos.
Em Kant, a distinção entre physis e nomos é retomada com certa originalidade frente ao raciocínio clássico. Para Kant, uma filosofia que quer lançar ao verdadeiro universo humano não deve ser uma filosofia da liberdade, ou seja, que se debruça sobre aquilo que não é determinação natural, e sim, a autodeterminação do homem.
Hegel apresenta em parábola – dialética do senhor e do escravo – a cadeia de mediações em que a dominação da natureza pelo trabalho impede ao outro e ao reconhecimento recíproco, permitindo captar o sentido mais profundo da humanidade e a sua reificação na história dialeticamente articulada, no qual esse “saber que se sabe” – o Espírito – se faz efetivo.
O homem se afirma como sujeito diante do objeto através do trabalho, desgarrando-se do reino da physis, construindo um mundo próprio: a cultura. De prisma filosófico, portanto, o trabalho apresenta-se como condição própria do homem, revela-o na própria humanidade.
Segundo Silva, “se a cultura (...) é tudo o que o homem cria, em si próprio ou no