Resumo cap 4
4.1 O movimento Competência no mundo
O conceito de competência começou a adquirir novos significados e importância nos estudos feitos por David McClelland no início da década de 70, o mesmo foi pioneiro em pesquisas e estudos de avaliação de competências. Em 1973, no artigo Testing for competence rather than intelligence, ele afirmava que os testes tradicionais de conhecimento e inteligência utilizados em seleção, além de não serem capazes de predizer o sucesso do candidato no trabalho e na vida, favoreciam preconceitos contra minorias, mulheres e pessoas de nível socioeconômico inferior (FLEURY, 2000). A partir dessa constatação, McClelland desenvolveu e aplicou uma técnica especial para destacar as variáveis de comportamento que explicassem por que os diplomatas americanos tinham sucesso e outros não, em suas difíceis missões em países onde havia rejeição à presença dos EUA. A resposta a essa pesquisa segundo Fleury (2000) foram às diferenças entre as habilidades, aptidões e atitudes de cada diplomata. A identificação das características pessoais que faziam a diferença no resultado das ações desenvolvidas levou McClelland a confirmar suas suposições relativas às limitações dos métodos tradicionais de avaliação de pessoal, bem como a propor um novo conceito para competência, e novos critérios de seleção de pessoal.
4.2 Surgimento do conceito Competência no Brasil
Segundo Fleury e Lacombe (2003), em meados de 1990 o termo competência começa a ser empregada na literatura acadêmica brasileira. Em 1996, no Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Enanpad), um artigo teórico, "A noção de competência na ARH", de Roberto Duarte, apresenta diversos conceitos de competência, e questiona sua relação e aplicabilidade à gestão de pessoas. Nos anos seguintes, conforme pode ser observado no Figura 1, a produção de artigos no Enanpad sobre competências vem crescendo. Dutra (2004) procura demonstrar