Resumo Cap 15
Em “O Fenômeno Urbano – A metrópole e a vida mental" é proposta a ideia de que a vida em sociedades urbanizadas é capaz de gerar consequências psicológicas nos indivíduos que dividem o espaço das cidades. E, para defender-se dessas consequências, os cidadãos metropolitanos são levados a adotar uma série de comportamentos como contatos superficiais (evitando assim o excesso de estímulos nervosos), e até mesmo o que o autor chama de atitude blasé, que seria a incapacidade de reagir a novas sensações. Para deixar mais clara essa visão, o autor utiliza um método comparativo, na maioria das vezes vê-se presente a comparação entre o meio urbano e o meio rural, além disso, nesse texto ele abre um amplo diálogo com a psicologia e com a psiquiatria.
Os principais conceitos abordados no texto são o de espaço urbano (como o espaço onde as relações se dão através do comércio, ou seja, da circulação de moeda); a ideia de indivíduo multifacetário que possui liberdade para vivenciar diferentes aspectos de sua identidade; comportamento mental urbano que seria caracterizado pelo distanciamento das relações afetivas, a instauração de relações direcionadas a determinados fins e feitas através da moeda; o afastamento do indivíduo do excesso de relações e estímulos afetivos numa grande sociedade; e a atitude blasé que seria basicamente a indiferença do indivíduo que tem ao seu alcance tudo que deseja através da moeda sem precisar manter contato mais íntimo com os demais cidadãos urbanos. Dando ênfase aos comportamentos que os indivíduos metropolitanos adotam em prol de sua estabilidade psicológica, pois a tese sustentada pelo autor é a de que num grande centro urbano, o homem está permanentemente exposto aos mais variados estímulos nervosos e pode haver uma espécie de sobrecarga desses estímulos, desestabilizando emocionalmente o morador urbano. Para impedir que tal fato ocorra, postula-se que os indivíduos metropolitanos adotam