Resumo - calcanhar metodológico da ciência política no brasil
Em sua introdução, o autor deixa claro a hostilidade que existe em relação a métodos Quantitativos x Qualitativos e a carência de cadeiras metodológicas para aprofundamento dos estudos no Brasil. Evidencia o pouco estudo, discussão e o uso superficial que há dos pesquisadores em relação aos dois métodos e as divergências entre eles.
Para os que usam o quantitativo, o método acaba sendo limitado com uso apenas de estatísticas e dados secundários e nem universidades mais renomadas apresentam grandes números de teses com uso do método pelos graduados. Alguns reagiram com rejeição a tudo que não fosse quantitativo, evidenciando a falha recorrentes em teses que não usam do método e com repúdio ao método qualitativo, o classificando como não científico. Os usuários do método qualitativo se revoltam contra o método quantitativo considerando que os fenômenos políticos e sociais não eram passíveis do mesmo tratamento rigoroso dado aos fenômenos de ciências exatas e naturais e definiram o método quantitativo como imperialista. Alguns pendem para o lado qualitativo o tratando como oposição ao método quantitativo.
Em Medidas paliativas para uma formação deficiente, o autor mostra o sucesso do MQ ( método quantitativo) realizado pela FAFICH, da UFMG e sua ligação com a pobreza da formação metodológica nos cursos regulares no Brasil. O curso, de pouca duração e muito procurado, enfrentou resistência ao reconhecimento de créditos de outras universidades, tendo que ser vinculado ao programa de doutorado. Também é evidenciado o fato de que não existe um curso para o estudo do método Qualitativo
No tópico O isolamento, a interdisciplinaridade e a perda de espaços, fica claro o isolamento da ciências políticas e sociologia nas disciplinas de pesquísas empíricas e sobre o país, fazendo seus cientistas políticos e sociólogos desconhecerem o que é produzido nas disciplinas. As áreas que são reservadas para eles