Resumo Brasileira
Profª Marisa Botelho – 2015-1
Junho de 2015
A Década de 1980: Os Planos de Estabilização
Fevereiro de 1986: Plano Cruzado I
Congelamento de Preços
Congelamento de Salários
Gatilho Salarial
Fim da Correção Monetária
Novembro de 1986: Plano Cruzado II
Liberalização dos Preços
Aumento de Impostos
Revisão Cambial
Aceleração da Inflação
Julho de 1987: Plano Bresser
Congelamento de Preços, Alugueis e Salários
Controle do Déficit Público
Aceleração da Inflação
Janeiro de 1989: Plano Verão
Substituição da Moeda (Cruzado Novo)
Congelamento de Preços
Extinção da Correção Monetária
Cortes de Gastos Públicos
Início do Processo de Privatizações das Estatais
O início da década de 1980 é marcado pela elevação dos preços do petróleo no mercado mundial, em função do segundo choque da OPEP, bem como pelo aumento das taxas de juros internacionais motivado pelo choque Volcker. A disponibilidade externa de recursos para o financiamento dos déficits públicos escasseava em função de uma restrição de financiamentos para as economias do terceiro mundo, e ainda que o governo anunciasse uma política fiscal restritiva, através da figura do então Ministro da Fazenda Antônio Delfin Neto, o que de fato se observava era a manutenção das estruturas de desenvolvimento econômico do II PND, sob a forma de investimentos relacionados à infraestrutura e indústria (substituição de importações) inclusos no III PND. No mundo, como um todo, foi um período adverso para os países periféricos em função do que se convencionou chamar de “Crise da Dívida”, acarretando, em grande medida, pesadas transferências de capitais destas economias para o custeio dos juros cobrados, sendo que, como será apresentado, o Brasil não foi exceção a este quadro.
Um ponto importante de se destacar no contexto geral da década de 1980 é a mudança do perfil externo do Brasil. A forte absorção de capitais, tanto em inversões no setor produtivo,