resumo bar bodega
O livro “Bar bodega. Um crime de imprensa” levanta uma série de questões sobre a imprensa e o sistema judiciário brasileiro.
Em 1996, dois jovens de classe média foram mortos num assalto a um bar em um bairro nobre de São Paulo, o Bar bodega. Que gerou comoção por parte da mídia e população. Isso, em plena campanha para prefeitura de São Paulo, o tema da candidatura era segurança pública.
O referido crime acendeu um pavio e a imprensa passou a noticiar todo crime, até os sem muita relevância, que não costumavam ter destaque. A família de uma das vítimas criou o “Reage SP”, um movimento contra a violência. A polícia então apresentou os acusados como autores confessos do crime.
Sem qualquer investigação a mídia aceitou a versão da policia, por isso subtítulo do livro: “um crime de imprensa”. Os jovens, que eram, na maioria negros e pobres, fizeram uma confissão falsa que foi conseguida sob tortura. Contudo, houve a interferência de um promotor público, que com uma investigação mais apurada concluiu que eles não eram os autores do crime e mandou soltar os acusados.
Ao serem soltos, os jovens disseram à imprensa que sofreram muitos tipos de tortura para admitirem o crime. A imprensa rebateu e da mesma forma não investigou. Alem disso ainda eram publicadas matérias sensacionalistas. A colunista, Bárbara Garcia, escreveu: “São veneno sem antídoto, nenhum presídio recuperaria répteis dessa natureza. A vontade de qualquer pessoa normal é enfiar um cano de revólver na boca dessa sub-raça e mandar ver”.
Quando o promotor mandou soltar os inocentes, a mídia o esculachou. Mas com o decorrer das investigações foram aparecendo os acusados do crime e uma semana depois foram presos. Todos brancos e mais velhos do que os primeiros acusados, com provas mais contundentes, como, um relógio e um blazer apreendido com um deles.
O fato mais relevante nesse caso foi a influência da mídia. Por se tratar de um crime envolvendo uma classe mais provida de