CAMINHO DOS MOINHOS - História da Arquitetura do RS
MOINHOS COLONIAIS DO ALTO DO VALE DO TAQUARI
|HISTÓRIA DA ARQUITETURA DE RIO GRANDE DO SUL|
1 RESUMO
Até há pouco tempo o roteiro turístico gaúcho se restringia à região da serra, às missões e ao
Itaimbézinho. Não mais. A partir de fevereiro de 2008 passou a existir uma interessante alternativa, uma nova rota turística e cultural chamada de Caminho dos
Moinhos.
Ilópolis pode não ser a maior cidade do Vale do
Taquari. Na verdade, é bem pequena, com apenas 4,5 mil habitantes. No entanto, foi a partir de lá que no ano de
2004 se deu o primeiro grande passo para estabelecer, nessa antiga região de colonos italianos, por iniciativa da
Associação dos Amigos dos Moinhos do Alto do Vale do
Fig. 1 – Localização da Rota Caminhos dos Moinhos no Alto do
Vale do Taquari (cidades de Anta Gorda, Arvorezinha, Ilópolis e
Putinga). Fonte. Wikipédia, 2012.
Taquari e com o apoio decisivo da Nestlé, a recuperação de uma série de moinhos coloniais ainda existentes na região central do Rio Grande do Sul, abrangendo as cidades
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CAMINHO DOS MOINHOS
MOINHOS COLONIAIS DO ALTO DO VALE DO TAQUARI
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de Anta Gorda, Arvorezinha, Ilópolis e Putinga, buscando uma reutilização do espaço e integrá-los como parte deste circuito turístico e cultural. O primeiro deles, o Moinho
Colognese (Fig. 3).
Os moinhos do Vale do Taquari são admiráveis registros da imigração italiana no começo do século passado. Engenhosas construções de madeira, cheias de poesia, sofisticação
técnica,
lições
de
arquitetura:
testemunhos do trabalho humano. Para as famílias recémchegadas, estes moinhos significavam a conquista de uma vida autossustentável, com o pão e a massa como base culinária e econômica.
O roteiro turístico e cultural dos moinhos leva o visitante a uma região de belíssimas paisagens: suaves vales e montanhas, rios e regatos, cachoeiras e lagos, densas matas de araucária, grutas,