Resumo Arie
Farei um recorte do prefacio do livro, “Historia social da criança e da família. Editora TLC, segunda edição, 2014. Este, foi escrito por Aries em 1973, onde o autor faz considerações mais maduras sobre seu texto de 1960. Para situar este trabalho, começo utilizando-me como base, a afirmação de ARIE (1973). O autor diz que, na Idade Média, a criança só convivia com sua família quando ainda frágil. De criancinha pequena, logo se transformava em homem jovem, sem passar pelas etapas da juventude. Portanto, a transmissão de valores, conhecimentos, e de socialização, não eram asseguradas pela família. Durante séculos a educação foi garantida pela aprendizagem, através da convivência entre crianças e adultos. A criança aprendia, ajudando o adulto a fazer. Isso nos mostra, a ausência de valor que possuía; não chegava a sair de uma espécie de anonimato.
Feita esta observação, ARIE (1973), faz a construção de seu livro se baseando na concepção de infância da Idade Media até a Sociedade Industrial. Sendo assim, seu trabalho é dividido em duas teses. A primeira, é a interpretação das sociedades tradicionais. A segunda, mostra o novo lugar assumido pela criança e a familia nas sociedades industriais.
O autor, cunha o termo “paparicação” ao perceber o seguinte fato: A criança era vista, no período Medieval, como um bichinho de estimação, engraçadinha, servia para entreter os adultos. Sua morte não era sentida com grande pesar, pois outra facilmente tomaria seu lugar.
Posteriormente, ARIE (1973) nos mostra a moralização forçada pela Igreja e Estado (O Estado, utilizou-se das leis punitivas para esse controle). Na Idade Moderna (fim do século XVII), a escola substituiu a aprendizagem como meio de educação; a criança deixa de se misturar aos adultos e vai à escola. Começa assim, um processo de enclausuramento.
Essa separação, fez com que a família se tornasse o lugar de uma afeição entre pais e filhos. Essa afeição, manifestou-se através da importância