Infância, Philippe Arìes
No texto Infância, Philippe Arìes apresenta a concepção de infância em diferentes períodos históricos: Idade antiga: gregos e romanos, Idade Média (V-XV) e Idade moderna (XVI-XVIII). No primeiro período, segundo Arìes, a criança acabada de nascer passava por uma espécie de processo de adoção, no qual a criança não era aceita como um simples acréscimo natural, independente da vontade consciente dos homens, destinadas a desaparecer, se não fosse reconhecido mediante uma decisão ponderada do pai que dava-as-lhe a vida duas vezes: a primeira quando saia do ventre materno, a segunda quando o pai a levantava. Na época, o que interessava era o poder, a escolha de um herdeiro era voluntaria, sendo assim uma pratica muito corrente da extensão do infanticídio. Ao longo dos séculos II e III, a união de dois corpos tornou-se sagrada, como também os filhos daí advêm, os vínculos naturais da carne e do sangue são mais importantes que as decisões da vontade. Com mudanças no modelo familiar, o casamento é mais importante que o concubinato, o nascimento que a adoção. Já na Idade Média o filho torna-se um produto tão indispensável como insubstituível, o poder dependia do número de aliados, com isso, a fidelidade mais segura era a de sangue, onde o primogênito garantia a continuidade da casa e os mais jovens ajudavam, por sua vez, as mulheres eram tidas como moedas de troca, isto é, destinas a alargar e reforçar alianças. Tais atitudes tem como resultado a valorização da fecundidade e também a valorização indireta e ambígua da criança, tratadas como adultos em miniaturas, ou seja, havia obrigações a ser cumpridas, o aprendizado substituía a escola, mantidas apenas nos mosteiros, aprendia-se um ofício. Pois uma família poderosa era necessariamente numerosa, para garantir a segurança e Mão de obra. Com a insistência da igreja pelo batismo, como também a luta que travou contra o infanticídio, demonstrava a importância que atribuía á criança. Por fim na Idade Moderna, nasce