Resumo Afrodescendente
A partir das experiências vividas por Ferreira, o autor no seu trabalhou buscou-se ampliar melhor o entendimento a respeito da construção da identidade afro-brasileira. Iniciando seu trabalho com as afirmações do especialista em denunciar os disfarces nas aparências, Nelson Rodrigues, de que o Brasil a muitos anos se fez acreditar que não existia a discriminação racial, como já avia sido afirmado pelo próprio Ferreira no seus trabalhos.
Percebe-se que a discriminação existe no Brasil, e esta enraizada em muitas pessoas; mas ainda sabendo da sua existência, a maioria não querem falar a seu respeito; segundo a Revista Veja (10.01.1996) e a Datafolha (Rodrigues, 1995), considerando suas pesquisas, afirmaram que a população Brasileira considera a discriminação como algo que o “outro” tem, e nunca com a própria pessoa.
Nesse mesmo contexto que o autor aponta o fato da palavra “moreno” que acaba parecendo “politicamente correto” mas no fundo, seria considerada como uma situação que demonstra “uma estratégia simbólica de fuga de uma realidade em que a discriminação impera”. As classes dominadas procuram um espelho nas classes dominantes; e isso acaba dificultando a forma de se lidar com o preconceito racial que esta encoberta por “frases educadas”. Essa ideologia leva a uma preservação do problema, e conseqüentemente levando uma grande parte a acreditar que ela não existe e não há necessidade de ser enfrentada. É importante levar em consideração a analisa de Bauman, “libertando das restrições morais a ação com um propósito, a modernidade tornou o genocídio possível” (p.58). Em nome da modernidade ouvi o grande massacre dos judeus; e isso acontece ainda nos dias de hoje, o exemplo dos índios no Brasil; podemos citar também algumas das tribos na África que sofreram e ainda continuam sofrendo em nome da modernidade. Assim essa concepção da modernidade tornou o africano no Brasil como escravo, “o escravo