Resumo: Adeus ao corpo
O livro “Adeus ao corpo – antropologia e sociedade” de David Le Breton discorre sobre a utilidade do corpo nos tempos modernos, fazendo algumas críticas sobre como o corpo está cada vez mais sendo visto como uma máquina. Faz referência ao fim de um corpo, tornando-se um rascunho, “desastroso, mas modulável”, um objeto de estudo para a biotecnologia.
Na introdução mostra no tópico “ódio ao corpo” a visão gnóstica do corpo, citando Platão, o corpo seria o túmulo da alma, a alma vista como o Bem caiu no corpo visto como o Mal, um corpo imperfeito e vítima da duração, um corpo de pecado. Para a sociedade contemporânea o corpo é um simples suporte da pessoa, que pode ser remoldado para atingir sua perfeição. O corpo visto como uma incrível máquina, contendo um defeito: a morte. A fim de eliminar ou adiar o fim do corpo, os defensores da ideia do corpo como máquina, tentam de diversas formas torna-lo cada vez mais máquina e menos corpo, pois o corpo em si perdeu o valor de uso, e é visto como uma preocupação, sendo usado mais pela parte nervosa do que pela parte física, a sociedade contemporânea e sedentária se esquece cada dia mais do uso do corpo no dia-a-dia. Uma das formas de modificar e ajustar o corpo conforme o “ideal” é por meio do alto consumo de medicamentos para regularizar o humor, cada vez mais comum no mundo Ocidental. O desejo das pessoas de dominar o próprio humor, obtendo uma resposta mais rápida quando se usa os meios bioquímicos do que pela própria reação corpórea, assim tendo o corpo mais uma vez como um problema a ser resolvido, e começando com a manutenção do humor desde cedo, transformando crianças em “terminais biológicos”, tudo em busca que uma maior adequação a realidade social. O ser humano contemporâneo muda-se para se tornar naquilo que deseja, mesmo com diversos efeitos colaterais, o ser está se ciborguinizando em busca do auto domínio.E cada vez mais visando o corpo como maquinas,