Resultado humanos
Igualmente plácida e prospera era a vida dos numerosos parasitas da sociedade aristocrática rural, tanto a alta como a baixa - aquele mun-do de funcionários e fornecedores da nobreza e dos proprietários de terras, e as profissões tradicionais, entorpecidas, corruptas e, à medida que se processava a Revolução Industrial, cada vez mais reacionárias. A Igreja e as universidades inglesas pachorreavam, acomodadas em suas rendas, privilégios e abusos, protegidas por suas relações com a nobreza, enquanto viam sua corrupção ser atacada com maior dureza na teoria do que na prática. Os advogados, e aquilo que passava por ser um funcionalismo público, eram incorrigíveis. (...)
A classe média vitoriosa e os que aspiravam a essa condição esta-vam contentes. O mesmo não acontecia aos pobres, aos trabalhadores (que, pela própria essência, constituíam a maioria), cujo mundo e cujo estilo de vida tradicionais tinham sido destruídos pela Revolução Industrial, sem que fossem substituídos automaticamente por qualquer outra coisa. É essa desa-gregação que forma o cerne da questão dos efeitos sociais da industrialização.
Numa sociedade industrial, a mão-de-obra é em muitos aspectos diferente da que existe na sociedade pré-industrial. Em pri-meiro lugar, é formada em maio-ria absoluta por "proletários", que não possuem qualquer fonte de renda digna de menção além do salário em dinheiro que recebem por seu trabalho. (...)
Em segundo lugar, o trabalho in-dustrial - e principalmente o traba-lho numa fábrica mecanizada - impõe uma regularidade, uma rotina e uma monotonia totalmente diferente dos ritmos pré-industriais de trabalho, - que dependem da variação das esta-ções e do tempo, da multiplicida-de