Restinga de maricá e os lagartos
Restingas: No Brasil, as restingas são encontradas ao longo do litoral desde a costa leste do Pará até a costa do Rio Grande do Sul, perfazendo um total de aproximadamente 9.000 km de extensão. Em cada uma das grandes regiões reconhecidas para a costa brasileira, ocorrem planícies formadas por sedimentos terciários e quaternários, depositados predominantemente em ambientes marinho, continental ou transicional; freqüentemente tais planícies estão associadas a desembocaduras de grandes rios e podem estar intercaladas por falésias e costões rochosos de idade pré-cabralina. As planícies costeiras formadas pela justaposição de cordões litorâneos são uma das feições mais marcantes do litoral brasileiro, especialmente da sua porção sudeste e sul, em cujos ambientes atuais podem ser encontrados praias, dunas frontais, cordões litorâneos e zonas intercordões. Na vegetação ocorrente sobre as planícies costeiras brasileiras, os termos empregados para designar a restinga variam muito. De maneira geral, a palavra restinga é utilizada para todos os tipos de depósitos arenosos litorâneos, de origens variadas, caracterizados, em geral, por superfícies baixas e levemente onduladas, com suave declive rumo ao mar. Podemos considerar como “vegetação de restinga” o conjunto de comunidades vegetais fisionomicamente distintas, sob influência marinha e flúvio- marinha, distribuídas em mosaico e em áreas com grande diversidade ecológica, sendo classificadas como comunidades edáficas, por dependerem mais da natureza do solo que do clima. Quaresmeiras, Orquídeas, cactos, pitangas, bromélias são algumas plantas comuns da restinga. Suas raízes são na maioria, extensas e superficiais para aumentar a superfície de absorção e contribuir para a fixação no substrato móvel. À medida que se caminha do mar em direção ao continente, ocorre uma redução na concentração salina no solo, o que caracteriza formações vegetais