restauro
Riacho Doce foi descrita através da obra de mesmo nome pelo escritor José Lins do Rego, paraibano que se encantou com a terra e fez da comunidade a base de sua grande obra, mostrando ao Brasil, uma beleza natural ímpar.
Jangadas, casa-de-farinha, redes de pesca, tudo em volta à Igrejinha de Nossa Senhora da Conceição, construída não se sabe quando e formadora de Riacho Doce, pela sua arquitetura, acredita-se ter sido construída a mais de um século, dizem até que foi na época da invasão Holandesa.
Precursor de uma grande atração que era a boate de luz negra e música mecânica, conhecida por “Zinga Bar”, envolvia toda a população de Maceió, até mesmo quem não morava nem perto, grande marco na metade dos anos 60. Freqüentar esses badalados pontos era obrigatório para quem viveu a juventude daquela época. Essa terra mostrava seus sons em todos os estilos, desde a Jovem Guarda até o puro rock, passando pelo romantismo para dançar de rosto colado.
Mas não só de dança vivia Riacho Doce, que também teve seu reconhecimento quando Edson de Carvalho, alagoano de Quebrangulo, que descobriu que debaixo de seus pés corria petróleo. Do petróleo só ficaram as histórias, já a casa de farinha ainda rende muitas conversas, beijus e bolos à base de coco e farinha de mandioca, é a arte centenária de Riacho Doce. De lá, as boleiras partem para o Centro de Maceió, onde se concentram na Praça da Alimentação e vendem seus produtos.
Pouca coisa mudou dos anos 60 para cá. A própria comunidade tratou de preservar seus atrativos turísticos, assim a casa grande de Edson de Carvalho, a igrejinha e a casa das boleiras continuam sendo vistas por milhares de pessoas a cada ano.
Sabe-se que sempre foi