Ressocialização
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS É do conhecimento de todos que a situação em que se encontra o Brasil não é das melhores, as periferias tem um índice alto de marginalidade, há cada vez mais crianças ingressando na vida do crime e ainda faltam condições decentes e dignas de vida para um número alto da população. Com todos esses fatores o número de crimes aumenta, por conseguinte as cadeias estão cada vez mais cheias e sem condições mínimas de habitação como higiene e saúde; sem falar das rebeliões que ocorrem e acabam por deixar muitas pessoas feridas ou até mortas. As cadeias não estão conseguindo alcançar o objetivo de recuperar os presos, e sim se tornando escolas do crime; a solução para este problema é a utilização de um novo método que trate dos presos e os recupere preparando para enfrentar as dificuldades que encontrará no retorno a liberdade e evitando que reincida na marginalidade.
Cada espécie traz consigo, ao nascer, uma carga biológica que a prepara para interagir com o meio ambiente de uma determinada forma e, caso o ambiente não apresente as condições apropriadas para a sua adequada sobrevivência (clima, alimentação, densidade populacional, etc.), o organismo poderá comportar-se de forma alterada, agressivo, por exemplo, ou até mesmo, sucumbir. (Paula Gomide, Menor Infrator, pág. 37-38). Quando crianças, sofremos forte influência do meio em que vivemos para formação de nossa personalidade, estas influências podem ir desde a forma de comunicação à maneira de pensar e relacionar. Trata-se do período da formação do caráter e as crianças costumam muitas vezes espelhar as atitudes das pessoas de seu convívio. Noções básicas de família se tornaram bastante degradadas na atualidade; tem sido comum notícias como abandono aos filhos, prostituição, alcoolismo, violência e drogas. De acordo com a maioria dos autores os comportamentos chamados anti-sociais ocorrem na maioria das