Respostas
Sob o argumento sobre a situação educacional brasileira, hoje qualquer esforço inovador no sentido de analisar histórica, sociológica ou didaticamente aspectos da educação é de muita importância. O volume de publicações sobre o tema tem aumentado significativamente ainda que o mesmo não possa ser dito sobre a relevância dos esclarecimentos que esses estudos trazem. O texto traz a proposta de construção de um quadro teórico de referência para a análise da problemática educacional brasileira. Para isso e para justificar a posição por ela adotada, a autora propõe-se a recapitular os limites e as vantagens das teorias mais conhecidas. Baseando-se um pouco nas ideias de Durkheim, Parsons, Dewey e Mannheim. Porém, como pude perceber, um dos defeitos desses teóricos é não levar em conta o modo pelo qual cada sociedade funciona e se mantém, e uma das insuficiências centrais dessas teorias, é, segundo a autora, encarar a instituição escolar apenas enquanto mecanismo de perpetuação da ordem social. Ela tenta segui uma análise das proposições de teóricos mais recentes como Bourdieu e Parsons, e no trabalho desses teóricos, a autora parece ver um alcance maior do que no dos anteriores, mas ainda assim levantará questões em torno do modelo de análise de Bourdieu. Para ela, Bourdieu mostra que a própria escola canaliza e aloca os indivíduos que a percorrem ou deixam de percorrer em suas respectivas classes, facilitando a justificação desse fato, através de sistemas de pensamento que ela mesma tenta transmitir. Assim a escola cumpre, simultaneamente, sua função de reprodução cultural e social, ou seja, reproduz as relações sociais de produção da sociedade capitalista. A partir daí vai ser mostrado um tipo de análise da problemática educacional que se vincula à economia e ao planejamento da educação, novas disciplinas que hoje orientam as decisões de muitos governos na área educacional. Aproximando os estudos de Parsons das