Responsabilidade social
Há quem afirme que as empresas nada mais fazem do que expiarse tardiamente de uma culpa histórica por produzir bens e miséria a um só tempo. Teria portanto chegado o tempo de procurar
"corrigir" esse mal por meio de ações sociais. Seria uma forma de reportar-se à sociedade nos seguintes termos: "OK, sabemos que durante os últimos 200 anos nós nos portamos muito mal, poluímos rios, devastamos florestas, extinguimos espécies animais e vegetais e produzimos milhões de famélicos ao redor do planeta, mas estamos dispostos a corrigir esse imenso equívoco. A partir de agora, manteremos a grama aparada nas praças da cidade".
Os críticos garantem que, nesse escopo, trata-se de uma ação meramente de Marketing Social, sem resultados tangíveis. Os defensores da Responsabilidade Social dizem não ser bem essa a idéia. Segundo eles, as grandes empresas chegaram à conhecida "sinuca-de-bico": ou ajudam de fato a promover o bemestar social, independentemente da participação dos governos locais, regionais e federais, ou emborcam junto com as populações.
E entram aí ações em prol do meio ambiente, da educação, da saúde, enfim, do resgate da qualidade de vida às pessoas, para que elas continuem e, em alguns casos, até voltem a ser cidadãos e consumidores.
Para explicar um pouco sobre o que é ou pode ser a
Responsabilidade Social, a Revista FAE Business entrevistou o empresário Miguel Krigsner, presidente de O Boticário. As mesmas perguntas foram dirigidas a Emerson Kapaz, do Instituto Ethos.
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