Resistência Bacteriana
O desenvolvimento de fármacos eficientes no combate a infecções bacterianas possibilitou uma revolução no tratamento médico, ocasionando a redução drástica da mortalidade causada por doenças microbianas. Por outro lado, a disseminação do uso de antibióticos lamentavelmente fez com que as bactérias também desenvolvessem defesas relativas aos agentes antibacterianos, com o consequente aparecimento de resistência. O fenômeno da resistência bacteriana a diversos antibióticos e agentes quimioterápicos impõe sérias limitações às opções para o tratamento de infecções bacterianas, representando uma ameaça para a saúde pública. Esta resistência prolifera-se rapidamente através de transferência genética.
O surgimento da resistência de micro-organismos a antibióticos constituiu-se na evolução indesejada de um dos aspectos da terapêutica e do desenvolvimento tecnológico possibilitando a recuperação de problemas que no passado levavam à morte. Os pacientes sobrevivem por mais tempo no ambiente hospitalar mais expostos à flora bacteriana desenvolvendo de infecções que requerem tratamento. Por sua vez, materiais e superfícies contaminados com micro-organismos modificados entram em contato com outros pacientes, infectando-os, criando, assim, uma cadeia interminável. O controle da resistência bacteriana depende de um raciocínio complexo envolvendo indicações de uso, política de utilização, forma de administração e questões financeiras ligadas aos hospitais e aos interesses da indústria de medicamentos.
As características multifatoriais que causam a resistência bacteriana demandam medidas diversas, sendo que uma das mais importantes é o controle do uso dos antibióticos e consequentemente o controle da resistência bacteriana. A administração da dose, concentração e tempo de infusão corretos de um antibiótico, de forma geral, dependem, em grande parte da equipe de enfermagem (ASHP - AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS, 2003) e da correta execução das