Resgatando memórias
RELATÓRIO
Este estágio surgiu, a partir de uma história contada por uma colega de trabalho, onde ela relatou que sua avó estava muito esquecida, já não lembrava-se de quase nada. Desde então comecei a refletir, analisando como este assunto poderia ser útil para trabalhar com os idosos. Logo liguei para o Lar São Vicente de Paula e marquei uma entrevista, para conhecer o público que desenvolveria este projeto. Lá pude perceber que a grande maioria, já não lembrava-se de onde moravam, se tinham filhos ou qualquer coisa sobre sua infância. Muitos falavam que só esperavam o dia de partir.
“Quando eu morrer, filhinho, seja eu a criança, o mais pequeno. Pega-me tu ao colo. E leva-me para dentro da tua casa. Despe o meu ser cansado e humano e deita-me na tua cama. E conta-me histórias, caso eu acorde, para eu tornar a adormecer. E dá-me sonhos teus para eu brincar, até que nasça qualquer dia. Que tu sabes qual é”. Fernando Pessoa
Partindo das entrevistas, conversei com a responsável pelo Lar e expus todas as ideias que tive para desenvolver o projeto. Dona Tânia aprovou e me incentivou, dizendo que estaria a disposição, caso precisasse, deixando-me com total liberdade para desenvolver o projeto.
“Não será a primeira vez que o saudável exercício de olhar para trás ajudará a iluminar os caminhos que percorremos,entendendo melhor o porquê de certas escolhas feitas por nossa sociedade”. Mary Del Priori
Quando iniciei o mesmo, pude perceber uma certa rejeição por parte de alguns, então precisei usar certas estratégias para conquistá-los. Desde então passaram a confiar em mim e participaram das atividades com entusiasmo e dedicação. Alguns idosos necessitavam de momentos de conversas, onde podiam falar e desabafar aquilo que os angustiavam, desta forma aumentou nossas afinidades.
Foi planejado, para o encerramento uma