Resenhas

LÜDKE, MENGA; André, Marli: E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
EVOLUÇÃO DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO

Segundo o texto o ato de pesquisar vem se confundindo com uma atividade de consulta que é feita a respeito de um assunto, a autora é objetiva quando diz que pesquisar é promover confronto entre dados, evidências, informações coletadas sobre determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele. É uma ocasião privilegiada onde o pensamento e a ação interagem com o intuito de elaborar o conhecimento que deveram servir para solução de problemas, é também uma ferramenta de enriquecimento do educador independente do âmbito que ele atue, desde que a entenda como atividade que requer habilidades e conhecimentos específicos, desmitificando que pesquisar é privilegio de alguns seres.
Nos últimos anos a palavra pesquisa ganhou muita popularidade e isso muitas vezes compromete o verdadeiro significado da mesma. Para melhor explicitar esse fato, podemos citar o exemplo de uma professora que pede para seus alunos pesquisarem um assunto. É importante ressaltar que embora esse tipo de atividade desperte a curiosidade do aluno, no entanto ela não retrata o verdadeiro conceito de pesquisa..
O estudo dos fenômenos educacionais sofreram influências das evoluções ocorridas nas ciências humanas e sociais. Essas ciências por muito tempo seguiram os modelos que serviram ao desenvolvimento das ciências físicas e naturais. Desta forma, o fenômeno educacional foi estudado por muito tempo como se pudesse ser isolado, como se faz com um fenômeno físico.
Durante muito tempo se acreditou na possibilidade de decompor os fenômenos educacionais em suas variáveis básicas. Com a evolução dos estudos na área da educação percebeu-se que poucos fenômenos nessa área podem ser submetidos a esse tipo de abordagem analítica, pois em educação as coisas acontecem de maneira inextricável que fica difícil isolar as variáveis envolvidas e determinar