Resenhas dos filmes: Amor, Parente é a serpente etc
Esta não é uma história de amor convencional que estamos habituados a ver, não apresenta um casal no auge da sua vida, nem da sua relação amorosa, mas sim um casal em idade avançada, que sofre com o aproximar do fim dos seus dias, com a perda das suas faculdades e do interesse da sociedade e da família nas suas pessoas, enquanto vivem isolados no seu apartamento.
Amor é o típico filme em que você jamais chega ao final, que deixa em você algum tipo de marca. Não há como ser indiferente diante da forma direta e verdadeira que o filme é contado. Conta à história de um casal de idosos, Anne e Georges, casados há muitos anos. Eles vivem em uma casa confortável e em boas condições financeiras. Depois de Anne sofrer um derrame e ter parte de seu corpo paralisado, os dois precisam se adaptar a outra rotina. Abatida pela perda de faculdades, Anne pede ao marido para não a internar, enquanto este procura cuidar da mulher e fazer com que esta sobreviva com as melhores condições possíveis, ao mesmo tempo em que assiste gradualmente ao definhar da esposa.
Esta não é a típica história do amor entre um casal que acaba de se conhecer ou passa por uma crise de relação de meia-idade; esta é a história do amor de um casal nos derradeiros dias da sua vida, um casal idoso, mas que nutre uma cumplicidade notável, enquanto todos à sua volta parecem esquecer a sua existência e importância. Essa falta de importância dada pelos personagens que surgem de fora do apartamento aparece representada como uma forte crítica ao tratamento dado pela nossa sociedade aos idosos, o desprezo a que estes seres humanos muitas das vezes são sujeitos pelos mais novos, numa sociedade para o qual outrora contribuíram.
Assistir ao filme Amor não é uma experiência denominada agradável, porém de vital importância não só para nós discentes que fazemos uma matéria sobre envelhecimento na faculdade, mas é ideal que todas as pessoas possam assistir e refletir sobre o que é o amor.