Artigo sociedade, política e cultura
Levando em consideração as opiniões coletadas nas entrevistas, feitas com uma funcionária pública (27 anos) e uma estudante de direito (18 anos), o presente artigo tem a finalidade de estabelecer um vínculo entre o senso comum e o conhecimento científico nos mais diversos conceitos.
Existem diferentes visões sobre os elementos que orientam nossas vidas em sociedade. De um lado a opinião da maioria, dos “homens comuns”, que construíram um saber baseado nas suas experiências quotidianas, ou seja, o senso comum, que varia de sociedade para sociedade e modifica-se com o decorrer dos tempos. De outro, a visão científica, que criou determinados conceitos através da análise das relações entre os homens desde tempos primórdios, com a ajuda das construções racionais e metódicas da ciência. O primeiro conceito que possui essas divergências é o de sociedade. Enquanto o senso comum estabelece o que é bom e o que é mau para a sociedade, a Sociologia que é a ciência que estuda os fenômenos sociais, não emite juízos de valor. Para ela a sociedade é um sistema funcional abstrato, sem identificação com um país ou cultura determinados, ou então de forma plural no tempo (sociedade antiga, medieval, moderna etc.) e no espaço (sociedade americana, mexicana, japonesa, brasileira etc.). Para esta ciência a sociedade é formada para garantir a sobrevivência e para conjugar esforços na consecução de um fim comum. Além disso, ela afirma que o ser humano isolado de seus semelhantes, é incapaz de desenvolver suas potencialidades intelectuais e torna-se selvagem como um animal da floresta. Para o senso comum, a sociedade não é vista de forma tão abrangente, mas sim como um local em que se compartilham preocupações, propósitos e costumes; em que é preciso saber diferenciar os tipos de relações do dia-a-dia (casa, trabalho, festas, etc); em que se faz necessário adaptar-se aos avanços tecnológicos constantemente, enfim, onde se atinge a realização pessoal