resenhas de textos
Augusto Cunha de Araújo
Rollo May teve em sua história, a inspiração do tempo contemporâneo de sua época, que eram os anos 60, onde estava acontecendo o movimento humanista, onde Carpintero diz que a psicologia “concede prioridade à validez da experiência humana, aos valores, intenções e significados da vida” (Carpintero, Mayor e Zalbidea, 1990 p. 71). E “Tratava-se, naquele momento, de combater uma sociedade que se vinha constituindo como meramente tecnocrática. Privilegiando os aspectos técnicos-racionais, em detrimento dos sociais e humanos” (Boainain Jr. 1998 p. 242).
Neste período Rollo May passava por uma enfermidade, onde havia adquirido tuberculose, neste momento May lia livros de Freud sobre o inconsciente, o que depois levaria a uma releitura. May foi, antes de se debruçar totalmente sobre o existencialismo, um os precursores da Psicologia Humanista. No entender de Campos (2006), todo este clima sociocultural dos anos 60 foi o principal suporte que preparou, tanto o terreno para a emergência da Psicologia Humanista, como seu desenvolvimento posterior. Dentro desse movimento, os jovens “queriam mudar o mundo. Perguntava-se como se poderia tornar o mundo mais humano, melhor de se viver, menos insensato” (Campos, 2006, p. 243). Mas que para isso acontecer devia-se antes fazer uma mudança interna, psicológica, para poder ocorrer posteriormente a mudança externa ou social. May também teve influência de Adler onde as bases do ser humano estavam na base das motivações humanas, onde Freud complementa “existem forças que são muito mais vastas, mais profundas e significativas” (1977, p. 121). Mas em relação à inconsciência de Freud, May coloca que as ‘experiências inconscientes’ tem por base a consciência e não a inconsciência. Segundo Rollo May experiência insciente são as potencialidades de ação e percepção que a pessoa não pode ou não quer tornar concretas.
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