Resenha Do Texto

Resenha do texto: A historicidade das teorias interpretativas do processo saúde-doença
Autores: Maria Amélia de Campos Oliveira e Emiko Yoshikawa Egry
Ao longo da história foram apresentadas diferentes teorias capazes de interpretar o processo saúde-doença, ou seja, de compreender as causas das doenças, bem como o seu significado e impacto social. De maneira geral o texto de Oliveira e Egry (2000) inicialmente sintetiza duas vertentes para as teorias, a ontológica, que trata da doença como algo externo ao corpo que se manifesta ao invadi-lo e a vertente dinâmica que trata a doença como um desequilíbrio das forças vitais. No decorrer do texto várias teorias são expostas, assim como o conceito histórico em que estão inseridas, que vão desde o advento da bacteriologia até os dias atuais os quais a teoria da multicausalidade com ênfase nos condicionantes individuais vigora.
O texto cita Hipócrates, considerado o pai da medicina moderna, este reconhecia a doença como algo natural, portanto deu prosseguimento a vertente dinâmica em que o paciente deixa de ser passivo, podendo buscar tratamentos para o equilíbrio de suas forças vitais e assim alcançar a cura. Para esse médico a saúde expressa uma condição de equilíbrio do corpo, obtida através de um modo de vida ideal, incluindo principalmente nutrição, excreção, exercícios e repouso adequados.
A concepção dinâmica foi muito defendida no final século XVIII até haver o desenvolvimento da bacteriologia que passou a ser usado o modelo vinculado à concepção ontológica, quando as tentativas de explicar o contágio resultaram na compreensão de que pequenas partículas invisíveis seriam as causadoras da doença. Surgia assim a era Bacteriológica, com novas descobertas e desenvolvimentos das vacinas para a cura de doenças infecciosas.
Porém na vertente ontológica os aspectos sociais que envolviam o processo de adoecimento de uma sociedade não eram levados em conta. Atualmente, como citado no texto pelos autores, predomina o