Resenha
A política industrial chinesa como determinante de sua estratégia going global
O artigo trata de analisar a estratégia de crescimento econômico da China no séc. XXI. Para muitos analistas, esses expressivos resultados atingidos pelos chineses são resultados de uma estratégia do estado chinês denominada “going global”. A estratégia going global é caracterizada por uma forte inserção de suas empresas e negócios em terceiros mercados por meio de exportações e investimento direto no exterior. A partir de uma indagação de Perkins (2001), se os chineses estariam fazendo uma política que em 1978 a 1993 havia já sido posta em prática ou se era um novo modelo de política, o artigo tenta identificar a principal determinante da estratégia going global, levando em consideração o papel do estado. Descreve as transformações dessa estratégia (política) nos setores metal-mecânico, eletroeletrônico e químico.
Segundo Amsden (2009), o padrão de crescimento econômico baseado na realocação de recursos entre os setores primário, secundário e terciário, centraliza a importância das mudanças estruturais dos países, dado que o crescimento econômico ocorre pela realocação dos fatores de produção de setores e atividades de baixa produtividade para os de alta, sendo nesse processo o setor industrial fundamental. Dado que o setor industrial é o de maior potencial de incrementos da produtividade, dados seus fatores tecnológicos, encadeamentos intra e intersetoriais e externalidades pecuniárias.
Para Pack e Saggi (2006), as políticas industriais ficou novamente perceptível pela forte busca pelos países da América Latina e da África por métodos novos de crescimento econômico, levando muitos policy-makers a apoiarem apreço por tais políticas, frente ao desempenho asiático, principalmente o da China. A China escolheu por políticas industriais como base na realização de suas estratégias de desenvolvimento. Essas políticas industriais iam de contra aos demais países alinhados com o