Resenha

Resenha Crítica Tabu e Ambivalência Emocional
No texto “Tabu e Ambivalência Emocional”, Freud aborda a ideia que o
“tabu” pode ser visto em dois sentidos opostos, por um lado “sagrado” e por outro “proibido”, porém, o autor explica que tanto um quanto o outro traz o sentido de inacessível, algo restrito, onde há temor quando existe algum tipo de contato. Para tanto, o autor relata que as restrições do “tabu” têm origens desconhecidas, não influenciadas, por exemplo, pelas proibições da religião e da moral. Para “Wundt” (1960,308) o tabu é mais antigo do que imaginamos, ele nasce em um período onde não havia sequer vestígios de religião. Freud aborda, também, que as punições envolvendo o tabu eram deixadas a um agente interno, o próprio tabu se vingava, porém, mais tarde surgiu a ideia de que a penalidade viria do poder divino onde o tabu começou a ser associado.
Na medida em que o texto vai se aprofundando, Freud nos faz ver e perceber a similaridade do tabu com a doença obsessiva, onde nos dois casos o motivo pelo qual as proibições e punições acontecem não é identificado, pois tem origens misteriosas, ou seja, não é necessário haver algum tipo de ameaça externa, a certeza que a violação trará consequências severas é algo interno do ser humano. Outra semelhança bem interessante em que o autor descreve, é o fato de que em algumas violações do tabu podem ser “reparadas” por certas cerimonias, o mesmo acontece com a doença obsessiva, algumas pessoas acreditam que se algumas ações forem realizadas as punições podem ser suspensas.
O autor faz outra associação que a meu ver é impressionante em relação à libido, que como sabemos acontece na infância, e nada mais é que um forte desejo inconsciente de tocar, porém, a criança logo se depara com uma proibição externa, a mesma coisa acontece com o tabu, à pessoa tem um desejo incontrolável de violá-lo, mas em contra partida temem devido às consequências que seu ato poderia ocasionar. As duas