Onde chegamos
Já não dá mais pra entender as coisas com certa lógica. Não sei se é o comodismo ou é o frenesi da adoração pela corrupção aceitável que direciona as pessoas. Mas o que convence é que estamos perdidos numa sociedade sem rumo e que avança para o caos completo. Em outras palavras, é o extermínio da própria espécie.
Chegamos ao extremo da paciência e ao limite da ridicularização política do Brasil. Noticiários apontam fatos escandalosos em todos os cantos e parece que gostamos disso. É o circo cafona brasileiro – o único espetáculo do mundo que repete a mesma cena e há anos motiva o riso em todos. Só que a piada somos nós.
Você sabe o que está na moda? Achar um absurdo o Pastor Marcos Feliciano (PSC) estar no comando da Comissão de Direitos Humanos. Ele foi preconceituoso e racista num depoimento virtual. A pergunta é: o que vai mudar na vida de milhões de brasucas? Nada. Absolutamente nada. Detalhe que essa Comissão presidida por Feliciano era uma das quais muitos de nós nem sabíamos que existia. Que coisa, não?!
A sucessão de polêmicas absurdas não muda. Umas chegam a ser estonteantemente embriagadas, como a posição do deputado Jean Wyllys (PSOL) ao afirmar em entrevista que “o pedófilo pode ter papel fundamental no desenvolvimento sexual do menino, ensinando uma sexualidade sadia e livre de preconceitos”. Não poderíamos esperar muita coisa de um deputado, ainda mais de um deputado que participou do Big Brother Brasil.
Aproveitando o gancho, um programa de TV que recruta pessoas com padrão de beleza imposto pele mídia, as confina numa casa com tudo o que existe de bom e melhor numa disputa por um milhão de reais, reflete a verdadeira cultura inútil do nosso povo. O apresentador denomina os participantes de heróis e, consequentemente, esculacha o trabalhador brasileiro que é tão ingênuo, para não chamar de imbecil, pois é quem mantém o programa no ar. Se não bastasse, pseudos intelectuais dizem que o BBB é uma ótima experiência para