Resenha
Danilo Fernandes Sampaio de Souza (graduando Letras/UNEB)
É notável que uma das grandes discussões que se tem no ambiente escolar, diz respeito ao crescente desinteresse dos jovens pela leitura e literatura. Congressos, seminários, cursos, dentre outros, exploram cada vez mais temáticas relacionadas à formação do leitor no intuito de encontrar meios de estimular a juventude do século
XXI, dominada pela rapidez e imersa no mundo virtual e tecnológico a desenvolver o hábito e o gosto pela leitura.
Para muitos adolescentes a leitura na escola tornou-se sinônimo de tarefa árdua, chata e obrigatória. Na maioria das vezes, os alunos ainda não se constituíram leitores, estão iniciando. Leem os livros literários “cânones” (ou parte deles) determinados pelo professor apenas para realizarem as tarefas e avaliações escolares e não serem reprovados no final do ano letivo. Dessa forma, o que muitos alunos veem nas aulas de literatura são simplesmente datas, períodos literários e nomes de autores.
Percebe-se, porém que muitos jovens consomem fora dos muros da escola uma literatura não-legitimada: a chamada literatura de massa, representada principalmente pelos best-sellers, que acabam seduzindo seus leitores através de composição simples, linguagem acessível e enredo envolvente. Todavia, essa literatura é repudiada no meio acadêmico e por muitos professores que a consideram como baixa-literatura ou literatura de mercado, não sendo nem mencionadas no contexto.
Neste sentido, a intenção deste artigo não é entrar em questões conceituais ou de julgamento de valor, mas sim, tentar mostrar que a chamada literatura de massa, pode se bem trabalhada, incentivar e dar prazer ao adolescente na leitura literária, além de constituir um grau na formação do leitor, visto que os jovens geralmente não se interessam pela leitura de obras canônicas e eruditas.
1. A Leitura entre os jovens
A