Resenha
O título é bastante sugestivo e aguça a curiosidade de qualquer um. Pelo menos foi assim que fiquei ao contemplar o nome do livro. Ele trata de abordar a distância entre nós e a verdadeira democracia. Para o autor, a democracia tem por intuito trabalhar os direitos humanos, o respeito para cumprir o que prega a Constituição Federal ao mostrar que todos são iguais e que temos direitos a serem cumpridos. O autor coloca em foco a questão do desemprego, da falta de escolas, a falta de ensino de qualidade, a desnutrição e o desrespeito perante os humanos. Dimenstein declara que a cidadania está no papel e precisa entrar para nossa realidade. É por isso que é mencionado “Cidadão de papel”, porque na prática é outra coisa.
“Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido” (p.29).
O autor trata de enfatizar sobre as cenas tão comuns, mas que não deveriam ser: garotos percorrendo ruas para vender balas em semáforos, engraxando sapatos. Ou seja, a falta de cidadania está aí. Ele declara que os maiores, os adultos e educadores faltam por não colocá-la em prática e eles por nunca terem tido a oportunidade de desvendar o significado da palavra cidadania.
“É a famosa pergunta: Quem nasceu antes: o ovo ou a galinha? O garoto é pobre porque não conseguiu estudar em uma boa escola ou é porque não estudou que continua pobre?” (p.06).
Para Dimenstein, a infância é um espelho da realidade do país, pois é através do pequeno que se terá consequências quando se torna adulto. Ele menciona que a criança é o elo mais frágil da cadeia social e é por meio dela que se pode mudar um país, seu ritmo de crescimento econômico, educacional, político e social. “Nenhuma nação conseguiu progredir sem investir na educação”, é por esse