Dossiê Copa do Mundo - Brasil 2014
O nosso maior estádio, chamado Mário Filho (conhecido como maracanã), é considerado um símbolo do futebol e é um orgulho nacional. Feito para todos, sem diferenças de cor, raça, religião e classe. Durante décadas, a proposta foi realmente cumprida, diferentes classes tinham a oportunidade de ver seu time jogar, sem diferenças. Até que esse ano, devido à copa, o estádio teve que ser reformado. E o que temíamos, aconteceu: o Estádio que era livre de separações sociais mudou sua proposta e diminuiu sua capacidade para menos da metade e teve um processo de elitização que entende estádios como um lugar apenas para pessoas com alto poder aquisitivo.
Outro ponto a ser observado é que, com o inicio das obras da copa, os estádios e lugares citados como monumentos históricos estão cada vez mais visados para o turismo, isto é, cada vez mais caros e mais distantes da realidade do povo brasileiro. Ou seja, aquele torcedor de classe baixa que antes da copa conseguia ir ao estádio ver seu time jogar, agora não consegue mais. Copa pra quem?
As reformas foram caras e feitas apenas para beneficiar grandes empresas. A maioria dos frequentadores dos estádios eram pessoas de classe média e baixa. Agora, com o numero reduzido e com o grande orçamento das obras, o preço dos jogos aumentaram e só quem se beneficia com isso são os empresários.
Além disso, em 2012, foi elaborada uma proposta de privatização do Complexo Esportivo do Maracanã que previa a demolição de espaços importantes destinados ao esporte, saúde, lazer, cultura e educação da população do Rio de Janeiro. Muitos lugares tombados como patrimônios históricos foram demolidos, assim como muitos espaços destinados aos mais pobres, como o Parque Aquático Julio Delamare e o Estádio de