Resenha

493 palavras 2 páginas
Historia De Antonio Rebouças última década: tornaram-se mais frequentes os estudos acerca da liberdade. A partir das abordagens já clássicas baseadas nos estudos de alforrias ou de ações de liberdade, floresceram trabalhos que enfocam os libertos e investigam suas chances de mobilidade social e espacial, sua cultura política e lutas por direitos, a precariedade material de sua existência e a instabilidade jurídica em que viviam e contra a qual lutavam. Os novos estudos sobre os libertos, seguindo os caminhos abertos pela historiografia da escravidão, reafirmam o protagonismo e reconhecem o impacto de suas ações individuais ou coletivas e também – isso é mais recente – estão mais atentos para as nuances das limitações impostas a essas ações e aos contextos em que as histórias estudadas transcorrem. Já não há mais uma "escravidão", mas muitas, já não há mais "liberdade" absoluta, mas formas de viver em liberdade, de direito e/ou de fato. Esse desdobramento é ainda mais importante se lembrarmos que nos últimos anos a historiografia sobre a escravidão e a liberdade consolidou seu diálogo com áreas como a História do Trabalho, a História do Direito, a nova História Política, a nova História Militar, a História Agrária e a História Atlântica. As contribuições para esses campos são consideráveis e, com esse investimento no tema da liberdade, podem ser ainda mais importantes.

O mais recente livro de Sidney Chalhoub, A força da escravidão, é um ensaio dedicado ao tema da precariedade da liberdade no Brasil oitocentista. Seu argumento é desenvolvido ao longo de dez capítulos e baseado, principalmente, na correspondência da chefia de polícia da Corte com diversas autoridades (de juízes de paz e diretor da Casa de Correção ao ministro da Justiça), entre as décadas de 1830 e 1860, e nos livros de entrada da Casa de Detenção da Corte, nas décadas de 1860 e 1870. Complementam a análise os debates parlamentares, pareceres do Conselho de Estado, processos cíveis, relatórios

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