Resenha
Resenha do filme E a vida continua.
Saúde Coletiva
Resenha
"E a vida continua"
O filme mostra os primeiros momentos da epidemia da AIDS na história de um pesquisador e sua luta para isolar o vírus e alertar as autoridades para os perigos da doença.
O filme, sobretudo político, denuncia o descaso das autoridades governamentais diante de uma ameaça mortal. Ataca também o comportamento antiético do pesquisador americano Robert Gallo, que disputava com o francês Luc Montagnier a patente na descoberta do retrovírus causador da AIDS.
Em1981 quando os primeiros casos de Aids chamaram a atenção das autoridades norte-americanas de Saúde Pública até os dias de hoje, a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida percorreu um longo caminho. A sua história confunde-se com as dúvidas e incertezas os cientistas ficavam em um clima de perplexidade e confusão diante de uma doença que não se conseguia entender ou explicar – o jornalismo científico e os órgãos de comunicação social colaboraram na construção do discurso que atribuiu à Aids a representação de peste.
As primeiras manifestações da doença em homossexuais criaram caos entre os cientistas e profissionais da área de Saúde Pública.
No filme "E a vida continua" retrata uma grande confusão nos primeiros instantes, quando se cogitou o fechamento das saunas gays de São Francisco, locais que surgiam em todas as pesquisas históricas junto aos pacientes .Contribue muito de forma educativa. Mostra as disputas entre grupos de cientistas americanos e franceses em busca do entendimento e da cura da doença. A Aids, naquela época, era considerada uma doença de homossexuais, e ser portador dela significativa para o paciente duplo castigo: a doença em si, agressiva e mortal, e o defeito de portador de “desvio sexual”.
Assumir publicamente a doença, no caso de homossexuais, era ter que, compulsoriamente, “sair do armário”. A doença também era cruel, por que deixava marcas