resenha
Objetivo: Verificar a ocorrência de dano muscular e sua relação com o perfil imunológico em triatletas do Ironman - Brasil.
Metodologia: Foram 21 atletas integrantes de uma equipe de triatlo de Florianópolis, realizado pelo Comitê de Ética em pesquisa da instituição. Foram realizados coletas de sangue em 3 momentos: dois dias antes da prova (pré), imediatamente após a prova (pós) e seis dias após a prova (seis dias após), em que foram analisadas de forma isolada as variáveis creatinoquinase (CK), os leucócitos totais, linfócitos, subtipos de linfócitos CD4+ e CD8+, e relação CD4+ / CD8+ e a correlação de CK como marcador de dano muscular, com as demais variáveis. Consistiu de uma parte descritiva, com a determinação das estatísticas descritivas e de uma parte inferencial, que testou eventual diferença significativa entre os exames realizados.
Discussão: Em resumo, o exercício de longa duração de moderada intensidade, provocou evidencias de dano muscular e de mudanças no perfil imunológico, observados pelo comportamento dos níveis de CK, leucócitos e razão entre CD4+ / CD8+. No estudo realizado foi utilizado a medida da enzima CK por ser considerada, como melhor biomarcador indireto de dano ao tecido muscular, observando-se um aumento significativo dos níveis séricos médios deste enzima imediatamente após a prova e permaneceu elevado, com significância estatística, no sexto dia após a prova em relação aos dois dias anteriores a corrida. Tal comportamento enzimático reflete a persistência da injuria tecidual e conseqüentemente, da atividade inflamatória. Não se observou correlação estatisticamente significativa entre a variação percentual de CK e linfócitos totais nos diferentes momentos, denotando que o dano muscular não influenciou os níveis circulantes de linfócitos. Não houve, ainda, correlação estatisticamente significativa entre o percentual de variações da CK e relação linfócitos T CD4+