Resenha
ARCHANJO, Renata. Vozes sociais e dimensão ética da lingüística aplicada: a construção discursiva da área nos CBLAs. – Natal, RN, 2008. 213 f.
Archanjo aborda o conceito das Linguísticas a partir do sentido dicionarizado tratado no dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (HOUAISS, 2001, P. 1764) que diz que Linguística é uma ciência e Linguística Aplicada (LA) é o corpo de conhecimentos.
Discorre em seu artigo sobre o surgimento da LA que se originou da linguística tornando uma subárea, conforme diz Cavalcanti 1986 et all. E, ainda tendo como base o ensino de línguas estrangeira.
O autor apresenta autores como (SPOLSKY, SHARWOOD-SMITH, STUBBS e van Lier) que desde 1970 criticam o nome atribuído à nova disciplina: ora é genérico demais falhando no esclarecimento sobre que linguística se aplica a que; ora é simplista demais sugerindo, com o uso do adjetivo “aplicada”, uma relevância menor se comparada com a ciência teórica que lhe empresta o nome.
De acordo com a pesquisadora, a LA esteve sempre em evolução mesmo ao longo de 60 anos. Ela assume uma identidade própria em relação àquelas que deram a originaram. Sem saber as suas características os estudiosos e pesquisadores pressionavam para que a linguística fosse mediadora entre as discussões teóricas e atividades práticas.
A LA é como uma tecnologia nos anos 70 que é considerada como usuária e não como produtora de teorias. Rampton e Brumfit (1997) definem a Linguística Aplicada como uma área de investigação teórica que se preocupa com os problemas da linguagem defendendo uma interdisciplinaridade entre teorias de diversas disciplinas. Strevens (1980) define que os conceitos específicos devem ser buscados no desenvolvimento de sua pesquisa através dos paradigmas de pesquisa que as orientam. Assim define a pesquisa da área da Linguística Aplicada como aquela direcionada para “problemas da prática do uso da linguagem”.
A nova ciência LA ocupa-se de uma concepção que se preocupa em estudar o