Remoção de cone de prata com agulha bd – relato de caso
Philipe Lopes Peixoto (Especialista em Endodontia, Universidade Federal Fluminense) Anielle Santos dos Reis (Especialista em Endodontia, ABO – Niterói)
Associação Brasileira de Odontologia, Niterói, Curso de Pós-graduação em Endodontia
Introdução
Para alcançar o sucesso na terapia endodôntica não podemos menosprezar nenhuma das etapas relativas ao tratamento. Não adianta fazermos um correto diagnóstico e uma boa desinfecção do sistema de canais, se não fizermos uma obturação hermética do mesmo, impedindo, desta forma, uma recontaminação, levando ao insucesso.
LEONARDO & LEAL (1991) afirmam que obturar um canal radicular significa preenchê-lo em toda a sua extensão com um material inerte e anti-séptico, obtendo assim um selamento o mais hermético possível daquele espaço, de modo a não interferir e, se possível e melhor, estimular o processo de reparo apical e periapical, que deve ocorrer após o tratamento endodôntico radical.
Os cones de prata foram introduzidos e preconizados por Jasper (1930) e utilizados por muitos anos na obturação dos canais. Eram frequentemente indicados em canais atrésicos e curvos em que a inserção da guta-percha era dificultada. Por possuírem algumas desvantagens, entre elas, possibilidade de corrosão e dificuldade de remoção depois de cimentado, caiu em desuso e ficou para as próximas gerações a árdua tarefa de tentar sua remoção nos casos de insucesso.
Relato de Caso
Paciente apresentava dor espontânea, pulsátil no elemento 37. Ao exame radiográfico observou-se a presença de cones de prata como material obturador (fig. 1). Como havia um excesso coronário destes cones de prata, optou-se por tentar sua remoção com a pinça Stieglitz (fig. 2). Infelizmente, um dos cones de prata fraturou, e um fragmento do mesmo permaneceu na porção apical do canal. Com o auxílio do microscópio clínico (Alliance – SP), através do qual era possível