QUINTANEIRO, Tânia. Um Toque de Clássicos. Marx, Durkheim e Weber. 2ª ED. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. O texto do livro “Um Toque de Clássicos”, aborda as mudanças resultantes da industrialização e os antecedentes intelectuais da sociologia, ou seja, alguns fatores que levaram ao surgimento da mesma, que surge como um “campo delimitado do saber científico” em meados do século XIX, por mudanças econômicas, sociais, políticas, que já aconteciam desde o século XVI, e ideológicas, como o Iluminismo. Surgindo assim, num período de instabilidade da Europa Moderna, para explicar o caos que havia se formado. Com a primeira Revolução Industrial, na metade do século XVIII, há um grande desenvolvimento dos centros industriais. A capitalização e modernização da agricultura faz com que haja um grande êxodo de famílias em busca de trabalho e melhores condições de vida. Por isso, há um crescimento desordenado das cidades, o que ocasiona problemas como a fome, falta de saneamento, doenças, entre outros. Entretanto, isso só afetava a classe menos favorecida. As péssimas condições de trabalho, pesadas cargas horárias, baixos salários, frequentes acidentes, fez com que houvesse diversas revoltas e muitas vezes as máquinas eram os alvos de destruição pelos operários. Nas altas camadas da sociedade, com a modernidade, passou a surgir o chamado amor romântico, ou seja, o casamento por uma escolha mútua, o reconhecimento da infância e da adolescência, com as crianças deixando de ser “adultos em miniatura”. A sociologia serviu, também, para entender o desenvolvimento das novas relações sociais e suas causas. Para Saint-Simon, o progresso era uma característica fundamental da sociedade moderna, e que a mesma não era um simples aglomerado de seres vivos, tendo como base da sociedade a divisão do trabalho e a propriedade. Karl Marx expôs suas idéias de como explicar a vida social através do trabalho e que isso serviria como transformador da sociedade. Mas, a consolidação da