Resenha
De Carlos Walter Porto-Gonçalves
O meio ambiente como mercadoria I: o mercado de carbono e suas contradições
PARA ENTENDER O AQUECIMENTO GLOBAL
No começo do texto o autor ressalta que a vida como conhecêssemos no planeta só é possível graças aos gases do efeito estufa que desempenham papel predominante nos 31% de calor refletido dos 35,3%, que é o total que o planeta reflete de raios solares. Mecanismo fundamental para manter a temperatura e o clima tal como é.
Rapidamente o autor faz uma abordagem histórica sobre as maiores mudanças climáticas registradas. Começando pela mais antiga, há 65 milhões de anos quando houveram impactos de asteroides com a Terra, extinguindo os dinossauros e propiciando a descida dos primatas dando início ao processo de hominização. Em seguida aborda o recuo da glaciação há 12 mil anos que elevou o nível das águas dos mares cerca de 100 metros desenhando o contorno dos oceanos e mares atuais. Por último, pontua a generalização dos combustíveis fosseis por meio da máquina a vapor que subiram os índices de partes por milhão de carbono vertiginosamente após a Revolução Industrial.
Ressaltando que a utilização dos combustíveis fosseis, principalmente o carbono e o petróleo, é resultado de uma ação antrópica que afeta o planeta em sua totalidade, o autor começa a focar nesse assunto. O tempo geológico de formação do carvão é muito maior do que o de seu processo de queima, sendo assim, uma vez que tiramos carvão do subsolo e não devolvemos para o subsolo após o uso , estaríamos causando uma mudança geográfica que pode gerar prejuízos para a humanidade. E qual a razão dessa larga escala de utilização? A lógica capitalista. A principal crítica que o autor faz é que não pensamos na natureza como natureza e sim como produto, ignorando que o recurso natural é meio e não fim, e por vezes não é renovável e nem adequável a lógica e processos capitalistas. Critica também que