resenha
No ano de 1997, na cidade de Kyoto, no Japão, cerca de 10 mil observadores, jornalistas e representantes de vários países participaram de uma reunião para discutir o aquecimento global e suas implicações. O tema já tinha sido debatido antes, mas nunca com tamanha seriedade e compromisso. Depois de muita negociação, ficou decidido que todos os países presentes deveriam reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa em pelo menos 5% até o período entre 2008 e 2012, tomando-se por base a emissão de 1990.
Os representantes que participaram da reunião levaram para seu país um documento, chamado Protocolo de Kyoto, que deveria ser aprovado e ratificado pelas autoridades locais. O problema é que a diminuição da emissão de gases não é coisa fácil de se conseguir e mexe (e muito) com a economia dos países. É preciso influir na agricultura, na queima de combustíveis e, ainda, é necessário que os países reformulem sua política industrial, buscando formas limpas de produção de energia.
Em vista disso, as reações adversas não tardaram a aparecer. A mais pesada veio dos EUA, justamente o maior emissor dos gases causadores do efeito estufa, que responde por 25% do total de emissão de carbono no mundo. Após ter anunciado que não participaria dos compromissos definidos pelo Protocolo de Kyoto, o presidente americano, George W. Bush, viu-se em uma situação bastante desconfortável, cercado de críticas que o tachavam de vilão da natureza.
Para atenuar a situação, os EUA lançaram um programa alternativo de diminuição de emissão de gases. O plano baseia-se no controle voluntário por parte da indústria. Para motivar os empresários a aderirem, foi proposta uma política de incentivos fiscais. Com essa decisão, Bush não só irritou os ambientalistas como não agradou os outros líderes de nações desenvolvidas que aderiram ao acordo.
Para que o Protocolo entre em vigor, é necessário que ele seja ratificado por 55 países que representem pelo menos 55%