O filme relata a história de um jovem chamado Ray Charles, um elemento importante para a música negra nos Estados Unidos. Revela a dificuldade que esse artista enfrentou não só por ter uma deficiência visual, como também por ser negro. Como cenas em flashes, o filme mostra a morte por afogamento do seu irmão mais novo, o que lhe gerou um grande trauma, antes de ficar cego, aos sete anos de idade, acometida por uma doença que não lhe foi identificada. Advinda de uma origem pobre, ficou órfão na adolescência. Ray consegue viver muito bem de maneira independente, ensinamentos que lhe foram dados por sua mãe, que teve um papel fundamental na educação do jovem cego. Aprendeu a tocar piano com o dono de um bar. Cresceu e começou a fazer apresentações, até ser visto por um produtor e ser contratado. Ele se mostra como um exemplo que a dificuldade enfrentada não o leva ao enfadonho, pelo contrário, Ray se mostra até mesmo um conquistador de mulheres. Era casado e teve dois filhos. Tinha muitas amantes, inclusive uma que sempre o acompanhava durante as turnês. Usa os ouvidos como olho para se movimentar e reconhecer as coisas no ambiente em que trajeta. Passou por alguns momentos difíceis, tropeços e pessoas que tentaram enganá-lo. Em meio às turnês que estava fazendo, por intermédio dos outros músicos, Ray experimenta a heroína, e com o passar do tempo, torna-se dependente químico. Chegou a ser preso por porte de drogas, e pelo uso em excesso teve que se submeter a um tratamento para ser desintoxicado. Teve a sua importância no quesito contra o combate racial, quando foi reconhecido como pioneiro na segregação de raças, devido Ray ter recusado um contrato que era apenas reservado a pessoas de cor de pele branca. E que é claro, sofreu consequências por esse ato.
A deficiência visual é um dos sentidos que admite que o sujeito compreenda a dimensão à nossa volta, e no mesmo instante, permite dar significados, cores, conceitos, ideias. Alguns quando nascem com a visão e