Resenha
Como criamos nossas sensações e nos ordenamos? Como estruturamos nossas atitudes baseadas em experiências? A prática de organizar nossa consciência e ações se dá logo nos primeiros dias de vida, quando somos apenas recém-nascidos e passamos a maior parte do tempo dormindo. Sentimos cólicas, fome e incômodo ao estarmos molhados, sujos e recebemos dados internos e externos que nos rodeiam e geram desconforto. O único meio de expressão que temos nessa fase é o choro, portanto choramos e logo alguém cede seu colo dispersando a agitação anterior. Inconscientemente aprendemos que o choro é um comportamento que funciona como uma solicitação, isto é, uma chamada que traz a pessoa para perto e por isso utilizamos o mesmo, às vezes sem motivos, apenas para ter alguém e claro, o colo. Isso significa que desde o nascimento lidamos com a importância das significações, relacionamentos e associações que são transformadas em referências, estas definem a base de nosso comportamento. Com a compreensão dos significados a partir da medida com que nossas experiências ocorrem, passamos a perceber as formas delimitadas que consistem como as relações se ordenam e configuram-se em dada situação. Sendo assim, cada característica que constrói nosso campo perceptivo está interligada.
FORMA
A forma é o modo com os fenômenos em nosso meio se relacionam, ou seja, o modo como às situações se unem em um contexto. Ela estrutura as relações abrangendo o “fazer” e o “como fazer”, portanto corresponde ao conteúdo significativo das coisas.
MODALIDADES DO ENFOQUE
Para a autora, existe em cada um de nós um nível pré-consciente- ou inconsciente- que seleciona e ordena os relacionamentos pelo qual estamos sujeitados. Estes se dividem em duas modalidades que se distinguem de acordo como nos vinculamos, sendo a primeira a ordenação de campo, que enfoca os fatores em conjunto e é marcado por ligações de proximidades e interdependências locais, ocorrem