Ecologia - Pulgão Gigante do pinus
Ocorrência, Medidas de Prevenção e Controle de Cinara spp - Pulgão gigante-do-pinus
Para atender a demanda de madeira no Brasil, optou-se, há mais de 70 anos, por projetos de reflorestamento, introduzindo-se sementes e mudas de Pínus eEucalyptus, existindo atualmente, cerca de 1.840.050 ha plantados com espécies de Pinus em território brasileiro (SBS, 2003).
Após um longo período sem a ocorrência de pragas, os plantios de Pinus sofreram a primeira ameaça com a introdução da vespa-da-madeira, Sirex noctilio, que em 1988 chegou a causar a mortalidade de até 60% das árvores atacadas no Rio Grande do Sul. Devido à importância econômica que a praga representa, a Embrapa Florestas e empresas da iniciativa privada criaram o Fundo Nacional para o Controle da Vespa-da-Madeira - FUNCEMA, implantando o Programa Nacional de Controle à Vespa-da-Madeira, baseado em controle biológico. A adoção do controle biológico, associada às medidas de controle silvicultural, possibilitou a manutenção da viabilidade econômica do cultivo de Pinus no Brasil.
Em 1996, registrou-se pela primeira vez em plantios de Pinus no Brasil o pulgão-gigante-do-pinus, Cinara pinivora, no Rio Grande do Sul; e, em 1998,C. atlântica, associada a C. pinivora, em Santa Catarina. Estes pulgões são originários do leste, sul e sudeste dos Estados Unidos e Canadá, mas também são encontrados na Jamaica e Cuba. Atualmente no Brasil, C. atlantica ocorre em plantios de Pinus desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Existem aproximadamente 200 espécies de Cinara descritas. Destas, 150 ocorrem na América do Norte, 20 no Japão e região oriental e 30 espécies são européias ou de origem mediterrâneas.
Por serem exóticas, as espécies de Cinara apresentam alto potencial para tornarem-se pragas de grande importância econômica, devido à larga extensão de áreas plantadas com Pinus no