resenha

Tema: Gestão da Produção

Nos últimos anos, particularmente a partir da década de 1960, o mundo passou a presenciar uma crise do sistema de produção capitalista. Após um período próspero de acumulação de capitais, o auge do fordismo das décadas de 1950 e 1960, o capitalismo passou a dar sinais de um quadro crítico, que pode ser observado no artigo publicado por Marcelo Gechele Cleto.
Nessas três paginas, o autor resume de forma clara as mudanças ocorridas na gestão de produção entre os anos de 1957 a 2002. Segundo o autor, dois grandes fatores contribuíram para essa mudança: o surgimento da informática e softwares de gerenciamento e as mudanças de filosofia no que diz respeito a métodos de gerenciamento dos recursos humanos. O autor também cita em seu artigo o surgimento de sistemas de produção alternativos, que substituiriam os modelos de gestão aplicados na época. Nesse mesmo artigo, o autor aponta como um dos motivos para o declínio do sistema de produção em massa, o fato desse sistema não conseguir mais acompanhar a competitividade necessária naquele momento e passa a ser utilizado um novo modelo baseado na logística para melhor planejar e controlar a produção, nomeado MRP (Materials Requirements Planning) e em seguida MRP II (Manufacturing Resources Planning). No entanto, podemos relacionar outros fatores que fizeram o sistema de produção em massa ser abandonado, como a tendência decrescente da taxa de lucro decorrente do excesso de produção; o esgotamento do padrão de acumulação taylorista/fordista de produção; a desvalorização do dólar, a crise do Welfare State ou do “Estado de Bem-Estar Social”; a intensificação das lutas sociais (com greves, manifestações de rua) e a crise do petróleo que foi um fator que deu forte impulso a esta crise. Paralelamente a isso, do outro lado do mundo Taichi Ohno criava o Toyotismo, um sistema de produção enxuto que buscava a automação, o Just in time; (originalmente elaborado nos EUA por Ford, mas não foi