resenha
RESUMO DO FILME: AS AVENTURAS DE PI.
MARANGUAPE-CE 2013
O filme começa com Pi, já adulto, sendo entrevistado por um autor/jornalista, acerca de sua história surpreendente. O jornalista diz que veio procura-lo por indicação de um indiano que conhecia a história de Pi, e que disse ao jornalista que aquela história o faria acreditar em Deus ao final. E é nesse sentido que a história se desenrola: o alvo do filme parece ser este, convencer a audiência a “acreditar em Deus” no final. Todavia, não se define em que Deus acreditar: Vishnu, Cristo, Alá? Os três são apresentados como o mesmo Deus, uma ideia que ignora completamente o que cada uma destas religiões – hinduísmo, cristianismo e islamismo – ensinam sobre Deus. Não existe qualquer reconciliação teológica ou racional possível entre estes três conceitos de Deus. O hinduísmo é politeísta (33 milhões de deuses) e inclusivista, o cristianismo é trinitário e o islamismo é unitário, só para começar. E os dois últimos são totalmente exclusivistas.
A maior crítica que se pode fazer à mensagem do filme tem a ver com o seu final surpreendente. Quando Pi é resgatado de seu naufrágio nas costas do México, aparecem dois representantes da empresa japonesa à qual pertence o navio de carga que afundou, e do qual Pi era o único sobrevivente. Quando Pi conta a sua história, de como se salvou num bote com uma hiena que matou uma zebra e um orangotango fêmea que por sua vez foi morta pelo tigre, os investigadores não acreditam. Menos ainda quando Pi narra as suas aventuras no mar, sozinho com o tigre. Pi então conta uma outra versão da sua história, em que pessoas, ao que parece, de alguma forma correspondem aos animais. Um budista ferido tem uma perna quebrada, assim como a zebra. Um cozinheiro cruel