resenha
NOTA: 6.
- É porque é a única coisa que o homem deixa de legado.
Grande sucesso do cinema francês em 2011, este filme parece na verdade uma refilmagem de um filme americano. À primeira vista, me lembrou Conduzindo Miss Daisy, exceto que ao invés de dirigir um carro, o ajudante, negro, empurra uma cadeira de rodas. Com a convivência, o "branco rico" aprende com seu ajudante mais humilde lições valiosas sobre a vida e a maconha. Tirando a parte da erva, o resto é uma história que vem sendo contada de tempos em tempos.
Seu sucesso não é por acaso. É um filme fácil de ser apreciado. O milionário Philippe (François Cluzet) somente consegue mover a cabeça depois de um acidente de para-quedas. Driss (Omar Sy) está em condicional e se candidata ao cargo para tomar conta de Philippe apenas para poder comprovar que está procurando um emprego e ficar recebendo seus benefícios. Depois de acompanharmos inúmeras entrevistas maçantes, percebemos que o que o homem quer não é apenas alguém capaz de cuidar de seu corpo, mas também de animá-lo em espírito.
Driss é uma companhia revigorante e diferente do que Philippe está acostumado. Segue-se então a história que mostra o surgimento de uma grande amizade entre os dois. Driss parece ter confiança que Philippe irá melhorar se ele o tirar daquela vidinha monótona que ele leva. Se faz bem ou não fisicamente eu não sei dizer, mas com certeza acompanhar o estilo de vida de Driss faz com que ele fique mais feliz. Ainda será milionário e cercado de uma equipe que cuidará dele, mas mais feliz.
Como acompanhante, Driss tem uma rotina a seguir, dando banho, vestindo, medicando entre outras coisas. Mas há uma outra questão. O paciente está diante de uma realidade difícil de aceitar. Ele está privado de levar sua vida como está acostumado. Até mesmo pequenos gestos como abotoar uma blusa está em uma outra realidade. A mulher de Philippe morreu e sua filha está distante, enquanto sua equipe parece mais